Idas e vindas.


Estar aqui novamente em uma página em branco, para escrever sobre mim, sobre você, sobre nós, é algo confuso. Não sei se te esqueço, te espero ou insisto. Não sei como as coisas andam por ai, mal sei como elas estão aqui. Escutar músicas para acalmar já não faz mais sucesso e esperar para esbarrar com você em alguma esquina é improvável demais.

Te esquecer seria uma parte importante pelo sofrimento que passei, há anos atrás, quando vi você com outras e imaginar que agora pode ser que não seja diferente. Mas sua paz, sua calmaria que ainda é a mesma, me faz te querer então te esquecer: jamais. 

Te esperar: esperei por ti quase uma vida e quando tive em minhas mãos deixei escapar e pelo visto deixarei escapar novamente, pela terceira vez, fico me perguntando se terá uma quarta, para que possamos ter nossas prosas, nossos vinhos, cigarros e claro o nosso amasso. Ali. Ali, naquela esquina, que era destino de nos encontrarmos. Esperarei, mas talvez não seja melhor insistir?

Insistir para te ter ao meu lado? Como disse já estou na terceira tentativa, oh céus, o que a de errado? Por que não estais aqui agora? Porque nossas vidas se cruzam? Será destino, espiritualidade ou coisa do tipo? Insisto para que possa ficar aqui, mas talvez aqui não seja o seu lugar.  

Espero por amores que na maioria das vezes, foram inacabados e você foi um deles e estais ai, à beira da estrada, jogado, esperando que alguém o ache? Talvez. Eu o achei, desde quando coloquei os olhos em ti, lá há uns sete anos atrás, quanta saudade! era tanta inocencia, mas tinha a sedução. A sedução que me persegue e persiste em estar comigo, aqui. Até nesse exato momento que escrevo para você. A sedução que está no olhar e aquela cara de inocente de quando te olhava e observava curiosamente...  Enfim, não tenho mais a mesma coragem de antes, então entre te esquecer, te esperar ou insistir, deixo você partir.

Comentários

Postagens mais visitadas